sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Esperança em Movimento"

Comentário de uma leitora ao post aqui publicado: Admirável obra, este livro do Rui Marques. Ao lê-lo não pude deixar de sublinhar várias passagens, especialmente nos capítulos "Peregrinos e arquitectos" e "VI - O MEP e a política da esperança". Escreve de forma clara e acessível sobre temas que estão presentes cada vez mais nas nossas consciências.Quando digo nós, refiro-me a um número crescente de cidadãos que valorizam o positivismo construtivo de Barack Obama e têm esperança. Uma esperança alicerçada na tomada de consciência de que cada um de nós é responsável pelo futuro comum, quer apoiando os candidatos eleitorais que nos trazem verdadeira esperança quer através das nossas atitudes no dia-a-dia. Alguns excertos (entre muitos outros) que gostaria de sublinhar:“...é preciso desocultar a realidade ... as opções do agendamento mediático e a nossa perturbante cegueira ao que de extraordinário existe, vão deixando na penumbra muitas das grandezas da Humanidade.”; “... Portugal precisa de querer ser melhor, todos os dias, sem hesitações nem desculpas.”; “Leva a sério o desafio de perguntar sempre primeiro “o que podes fazer pelo teu país”, antes que se oiçam as reivindicações do que “o país pode fazer por ti.” Obrigada Anabela pela deixa. Obrigado Rui Marques pela audácia da esperança. É preciso coragem para avançar e dar a cara ou “... Um dia acabaremos governados por quem não queremos.” Acredito que a esperança existe em todos nós. Muitos guardam-na fechada a sete chaves, pelo medo do ridículo, num mundo dominado por notícias que, se deixarmos, nos conduzem ao desespero e descrédito no Ser Humano. Digo, se deixarmos, porque a nossa luta pela esperança pode começar por sermos mais selectivos em relação às fontes de informação. Felizmente, temos cada vez mais escolhas. Embora a tarefa seja árdua, vale a pena. Aumenta a nossa esperança! Publicada por Clarisse em Razões de Esperança a 16 de Agosto de 2009 15:24

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quo Vadis, Educação?

Maria de Lurdes Rodrigues rejeita que tenha existido facilitismo para melhorar as taxas de abandono e retenção escolar e nega que o conflito entre os professores e o ministério tenha prejudicado o trabalho nas escolas” (JN, 24.08.09). Claro que, se as taxas de insucesso e abandono escolar caíram para metade, tal se deve ao profissionalismo, amor ao ensino e dedicação de milhares de professores que, em situação muito adversa, não perdem o entusiasmo e o prazer de ensinar os seus alunos do melhor modo que podem e sabem. Os docentes saíram à rua por várias vezes, realizaram as maiores manifestações de uma classe profissional após o 25 de Abril de 1974, fizeram greves, abaixo-assinados, reuniões sindicais quer entre docentes quer nas suas escolas quer na sua área de residência quer com representação nacional. Surgiram movimentos independentes de professores com o único objectivo de restituir a dignidade a uma classe marginalizada pelo poder político. Muitos foram os km percorridos, muitas foram as horas sem dormir, muitos foram os artigos escritos nos blogues pelos docentes, muitas foram as reuniões realizadas e assistidas, em, suma, muito foi o AMOR de entrega e defesa de uma profissão escolhida por vocação (chamamento) e o AMOR de entrega e doação aos seus alunos na partilha de saberes/conhecimentos, valores, sentido de cidadania, justiça e responsabilidade/responsabilização. A todas estas manifestações de AMOR, o poder político (Governo) e o Ministério da Educação responderam com falta de sensibilidade, arrogância, ausência de bom senso, tirania opressiva, retaliações, ameaças, insultos, imposições e incapacidade de diálogo e negociação com as estruturas sindicais. A toda esta manifestação de AMOR por uma das profissões mais nobres, o Governo e o Ministério da Educação fizeram “orelhas moucas”. Contudo, os Governos passam, mas os professores ficam! Eis a esperança de toda uma classe! Claro que as taxas de abandono e retenção escolar caíram para metade graças a algumas (poucas) políticas educativas do actual Governo, como é exemplo o aumento dos cursos profissionais e de Educação e Formação que absorveu muitos alunos que apresentavam dificuldades de aprendizagem, insucesso escolar e configuravam casos potenciais de abandono escolar. Porém, esses resultados, e não podemos “querer tapar o sol com a peneira”, muito se devem à cultura de facilitismo imposta por este Ministério da Educação. Facilitismo porque um aluno só fica retido se os Encarregados de Educação concordarem com tal retenção (o que raramente acontece), facilitismo porque os programas escolares e os manuais impingem essa dimensão, facilitismo porque só em casos muito excepcionais e devidamente fundamentados (império da burocracia!) o Conselho de Turma pode reter um aluno, facilitismo porque os Exames Nacionais cada vez são menos exigentes, facilitismo porque os alunos reconhecem esse facilitismo, adorado pelos menos aplicados/estudiosos, odiado por todos aqueles que anseiam muito mais da escola. Facilitismo porque em Portugal se cultiva o império do facilitismo! Império do facilitismo para um MUNDO mais exigente e competitivo! Quo vadis, Portugal? José Carlos Maciel Pires de Lima Candidato por Viana do Castelo

terça-feira, 25 de agosto de 2009

"'dois dedos de conversa politica' com o MEP"

Foi publicada a entrevista realizada pelo Blog “Dedopolitico” sobre a candidatura do MEP pelo distrito de Braga. http://dedopolitico.blogspot.com/2009/08/dois-dedos-de-conversa-politica-com-o.html Reforço o seguinte parágrafo da entrevista: “A experiência pessoal e profissional dos vários elementos das listas do MEP trazem esta vivência para a politica, a de quem argumenta pelo seu conhecimento da realidade e pela sua capacidade de escutar e de dar voz aos que vivem os problemas no dia-a-dia.”

Consultores para o Emprego

Esta foi a 1ª página do Público de domingo, dia 23 de Agosto, em que dedicava a sua manchete ao tema “O que têm para oferecer os centros de emprego?”
Na verdade, a resposta é que os Centros de Emprego têm muito pouco para oferecer aos desempregados. O número de colocações é baixo e a qualidade do serviço fica aquém do exigido.
Acresce que com o pico de desemprego, os recursos disponíveis tornam-se escassos. Que alternativas então?
O MEP defende que o serviço público de emprego prestado pelos Centros de Emprego seja alargado, num esforço complementar, a empresas de recrutamento de recursos humanos e a gabinetes especializados nas IPSS.
Pode ler mais informação sobre esta proposta e sobre outras no combate ao desemprego no programa eleitoral do MEP.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

E o Desemprego continua a subir…

Mais um mês que se passou e o desemprego continua a subir no distrito de Braga, atingindo já perto das 51 mil pessoas inscritas nos centros de emprego, no final do mês de Julho. Há um mês atrás escrevíamos que o desemprego contínua a subir de forma significativa em concelhos como Guimarães, Braga, V. N. Famalicão e Barcelos. “As estatísticas divulgadas ontem pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que, no final de Julho, estavam inscritos nos centros de emprego 50.833 desempregados, mais 12.421 que no mesmo mês do ano passado.” Esta tendência de subida, que já tem mais de 12 meses, afecta mais a região Norte, com valores superiores a 10% de desemprego já no primeiro trimestre deste ano. É de salientar, que das 22 mil pessoas que se inscreveram como desempregados na região norte, durante o mês de Julho, 7248 foram por terem terminado os seus contratos de trabalho a termo e mais 4565 por terem sido despedidas das suas empresas. A perspectiva continua a ser de subida do desemprego nos restantes meses deste ano porque os poucos investimentos que estão a ocorrer na região é na abertura de novos espaços comerciais e a indicação de que muitas empresas ainda vão continuar a despedir até ao final do ano.
Infelizmente, algumas medidas propostas no inicio da crise ainda não foram realizadas, como é o caso do “Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego”, anunciado em Dezembro de 2008 e só é previsto estar disponível a partir de meados de Setembro.
Por isto, o MEP defende "um estado renovado, centrado no serviço ao cidadão, capaz de cultivar a proximidade, de garantir dignidade de vida a todos os portugueses e de assumir com determinação as funções de soberania". Em suma, um estado mais eficiente!

domingo, 23 de agosto de 2009

MEP – o rosto e a voz da Esperança!

Portugal, outrora pedaço de terra firme, berço de um povo de brios, com dignidade, hoje, a braços com a própria identidade, chora, pois vê, sofrido e nostálgico, emergir uma nova raça, de estirpe algo duvidosa – a dos políticos sem alma que, a qualquer preço, vende ao desbarato a credibilidade, a honra, a probidade, a lisura, o bem estar de toda uma nação, a troco de um qualquer efémero instante de “glória”, certificado numa e outra legislatura, bem remunerado e promissor de um auspicioso futuro à laia da hereditariedade da prole, sim, pois é preciso garantir a continuidade do bem estar pessoal e familiar! Deixou de haver heróis e figuras ilustres de referência (salvo raríssimas excepções) e aqueles que o poderiam eventualmente ser, acabam asfixiados pelas hostes de uma nação a saque, que, à laia de sérios acólitos, vão cobrando o mais que podem para garantir o paraíso da sua própria (e inútil) existência! Mate-se a agricultura; extingam-se as pescas; aniquile-se o brio de um povo trabalhador e abram-se as portas ao facilitismo, à subsídio-dependência, à arbitrariedade, ao desrespeito pelas hierarquias; destrone-se a respeitabilidade das classes que dão alma à verdadeira e efectiva educação e formação de um povo; fomente-se o isolamento, ampliando o fosso entre regiões; fechem-se maternidades, urgências, hospitais, pois importa financiar e acobertar interesses pessoais e de amigos corruptos; deixe-se grassar a insegurança, aumentar a criminalidade e a violência gratuitas; tire-se o tapete às forças da autoridade; facilite-se a corrupção e o crime do colarinho branco e “todos” seremos felizes! – eis aqui o baluarte daqueles que se dizem governantes de hoje que, esperamos o não sejam amanhã! Portugal está a sangrar. É preciso estancar a hemorragia do disparate, do descalabro daqueles que hipotecam, no presente, o futuro das gerações vindouras! É por tudo isto e tanto mais que acredito ser possível a viragem, um novo Renascimento. É por isto que acredito que algo surge, qual D. Sebastião, das brumas deste vergonhoso presente para dar voz a um povo digno, trabalhador de tradição e militante solidário que vem mostrar, de forma transparente, séria e sentida aquilo que é e deve ser Portugal. Assim, o MEP encarna hoje, no presente e com vista a um Futuro, o rosto e a voz da Esperança. Maria Amélia Ferreira Peixoto Maia Candidata por Braga

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Responsabilidade criminal vs. responsabilidade política

Quantas e quantas vezes verifico que estas duas dimensões - a da Responsabilidade criminal vs. responsabilidade política - estão algo esquecidas ou misturadas. Como o escreveu o penalista de Coimbra, Costa Andrade(CA), o facto e a circunstância de um comportamento não ser qualificado como crime, não ter merecido acusação e/ou pronúncia, não se ter recolhido provas bastantes, ou que ocorreu a prescrição do procedimento legal, e que por isso se extinguiu a responsabilidade criminal , não tem por condão, a automática extinção da responsabilidade política dos visados. Com efeito, tal situação não neutraliza ou extingue o estigma da desonra, de desonestidade, de inaptidão para o exercício das mais exigentes funções públicas, em suma, da censura política de que a conduta seja eventualmente merecedora. Este parece ser, pois, como diz o penalista C.A., um dos equívocos mais generalizados e talvez mais nocivos a uma salutar convivência democrática e que mais têm contribuído para o desprestígio da actividades política e dos políticos e bem assim para perda de confiança nas instituições públicas, com todas as conhecidas perturbações e disfunções, parece residir na confusão - tantas e tantas vezes alimentada e explorada – entre os distintos planos da responsabilidade criminal e a responsabilidade política dos envolvidos, diferentes nos seus pressupostos e nas suas consequências, em via de regra, irreconciliavelmente contrapostos. Tem razão, pois Pacheco Pereira (Público, 2 de Fev. 2008, p.37), quando diz que a ´”ética republicana” é muito mais que a Lei. Será que pensam (e agem) assim os nossos agentes políticos? JMCM

Reacções ao Convivio do MEP

Algumas da reacções dos amigos, que recebi via email, sobre o convivio realizado na Quinta da Barca: "Obrigada pelas fotos.....na verdade posso nada saber de golfe....mas estilo não me falta...ahahahahha.... Gostei do final de tarde e do jantar. Obrigada."
Dino
"Obrigada pelas fotos, mas ainda tenho muito que treinar! Adorei o dia de ontem!força para a campanha do MEP"
Sara
"Muito obrigado. Estas imagens são muito uteis, pois já consegui identificar alguns pontos a melhorar no meu swing.... ;-) Ontem passou-se um bom bocado."
Rui

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Convívio do MEP na Quinta da Barca, em Esposende

Ontem o MEP esteve em convívio na Quinta da Barca, em Esposende, para ganhar forças para a campanha que se avizinha. A presença de amigos desde Espinho até Viana do Castelo, passando pelo Porto, e claro por Braga, deu um forte animo aos militantes do Núcleo do Minho. O encontro começou com uma aula de Golfe, que serviu de mote para que todos conhecessem e aprendessem a jogar este desporto, que se de inicio se afigurava difícil rapidamente todos aperfeiçoaram a sua técnica com excelentes resultados. Durante o Jantar houve tempo para que todos se conhecessem melhor pessoalmente e para partilhar as ideias e as propostas do MEP para as eleições. Assim saiu mais reforçada a voz da política da Esperança na Região do Minho.

sábado, 15 de agosto de 2009

Portugal Informático. (Se Portugal fosse um (bom) programa informático!) – Urbanismo

Continuando o meu périplo por várias áreas, deixem abordar agora outro que me é querido.
Todos os dias somos confrontados com várias aplicações informáticas ou sites. Destes, há definitivamente alguns deles que nos chamam a atenção, seja pelo grafismo, o som, enfim, o “look”. Todos ambicionamos ter uma aplicação que faça a mesmas operações que a nossa “velhinha aplicação” (seja ela qual for) mas que seja mais agradável, mais fácil e apelativa. Infelizmente (e todos temos alguma destas experiências) a primeira impressão e as expectativas por ela criadas, por vezes não são correspondidas quando são avaliadas em mais detalhe (e em alguns casos mesmo nas operações mais básicas). Outras vezes embora no âmbito geral a maioria das operações estejam bem ou relativamente bem tratadas, várias outras operações são “arrumadas a um canto”.
O paralelismo entre este mundo informático e a nossa realidade acontece quando compararmos com a nossa cidade de Braga. O slogan “É bom viver em Braga” foi sendo ao longo dos anos repetido até à exaustão. A alicerçar este slogan estão sem dúvida várias mais-valias da nossa cidade, o nosso património histórico, arquitectónico e religioso, o preço “baixo” da construção (face a outros pontos do país) uma razoável rede de transportes públicos, o comércio local e as grandes superfícies (a reboque do título de “Capital do Comércio”). A estas junta-se ainda a grande zona pedonal no coração da cidade.
No entanto, se virmos também com mais detalhe, podemos facilmente encontrar várias lacunas crassas. O comércio local de facto nada tem de nosso (bracarense), esmagado pela quantidade surreal de grandes superfícies, a larga maioria das lojas comerciais são de roupas (ou como diz o meu avô – “trapos”) e em grande parte franchising igual a tantas outras por esse mundo fora. Associada a esta questão está a desertificação do centro. São inúmeras em todo o centro urbano, ruas cheias de casas vazias de vida real (de famílias) literalmente abandonadas, de pé apenas pela existência de uma loja de rés-do-chão e que morrem a cada entardecer com o fechar dessas lojas.
Há falta de espaços verdes para passear, relaxar. A zona pedonal embora grande e agradável, rapidamente vê a sua área esgotada e se revela pequena a cada noite ou fim-de-semana de Verão. Para além disso, no meio de tanto frenesim, de relaxante tem tanto como o S. João. Onde podemos por exemplo sentar-nos a ler um livro debaixo de uma sombra, mergulhados apenas nas ondas da leitura? O parque de S. Joao da Ponte tem visto o seu plano de revitalização sendo “adiado” desde que me conheço, mas embora necessário e óbvio, a sua localização é demasiado afastada do tão badalado centro (para além disso resta-nos apenas o Bom-Jesus, mas isso não é resultado da acção dos governantes). Ao longo de todos estes anos, não foi possível idealizar e criar um espaço verde na cidade?
Durante muito tempo, existia (e ainda existe) o estigma de viver num bairro social. Várias famílias foram realojadas em habitações que garantiam condições de habitabilidade, mas a partir daí foram abandonadas à sua vontade e aos seus problemas de sempre. Houve um objectivo claro de integração?
E que dizer na nossa programação cultural? Com frequência vemos os espectáculos acontecerem em Guimarães, V.N. de Famalicão, S. M da Feira, Porto…e porque não em Braga? A cultura é como os vegetais se não os comermos em criança (mesmo que obrigados) nunca os iremos comer quando formos adultos. E que geração de bracarenses será esta, privada de bailados, concertos, óperas,…?
Não podemos continuar a limpar apenas a fachada quando já se vêm as rachadelas no resto da casa. A nossa cidade precisa de mais. A necessário apostar na revitalização do centro urbano seja, pela instituição de uma política consistente de arrendamento, seja pela reestruturação ou reconstrução de muitas dessas casas (veja-se por exemplo a cidade de Guimarães). A integração das pessoas tem que ser uma prioridade, principalmente numa cidade onde por exemplo os imigrantes de leste têm tamanha representação e onde a pobreza prevalece à margem.
É necessário humanizar os bairros sociais e torna-los “pertença dos seus habitantes”.
É fundamental educar as pessoas para a cultura e alargar horizontes
É bom viver em Braga? Sim, à primeira vista sim, mas e para os bracarenses?
Eduardo Silva

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Combater a Exclusão Social

As imagens de desespero, pobreza, desânimo e desorientação não são apenas aquelas que vemos nas páginas de jornais e revistas sobre a actualidade, são também aquelas que ficam retidas na nossa memória, durante muito tempo, porque as retiramos de circunstâncias a que assistimos directa e presencialmente. Na semana que passou, presenciei uma situação que me perturbou e deixou inquieta por me sentir tão impotente. Era já madrugada e devido às insónias que me acompanham há anos, decidi espreitar a rua desde a varanda da minha casa. O cenário que se apresentou diante de mim fez-me gelar. Durante aproximadamente 10 minutos vi o desespero de alguém envolvido e dependente do seu ritual de consumo. Não sabia o que fazer e só pensava naquela pessoa, que sozinha numa madrugada fresca de finais de Julho se entregava ao prazer artificial que durante umas horas a droga lhe poderia proporcionar. Estes “cenários” revelam que a desigualdade social ou outro tipo de rupturas sociais podem desembocar em situações de exclusão social, mantendo à margem alguns grupos sociais. A exclusão social“(…)pode ser entendida como uma acumulação de processos confluentes com rupturas sucessivas que, despoletada no centro da economia, da política e da sociedade, vão afastando e «inferiorizando» pessoas, grupos, comunidades e territórios em relação aos centros de poder, aos recursos e aos valores dominantes.” (Estivill, 2003) Assim, quando nos referimos a uma situação de exclusão estamos a referir-nos a situações de “não inclusão”, de “não inserção” e de “não integração” (Silva, 2001) de pessoas ou determinados grupos sociais que se vêem privados do acesso aos recursos da sociedade e ao usufruto de direitos políticos, civis e sociais, ficando o indivíduo desprovido do seu verdadeiro exercício de cidadania. Esta “marginalidade” vivida por alguns indivíduos, gera o seu afastamento relativamente à participação na sociedade enquanto cidadãos de pleno direito. O afastamento do indivíduo das redes sociais e dos recursos da comunidade impedem-no de reconstruir o seu processo de inserção pessoal, familiar, profissional e relacional. Torna-se necessário dotar as políticas de intervenção social de uma nova filosofia que garanta que o indivíduo possa reassumir o papel de cidadão com os direitos e deveres que lhe são inerentes. Não é possível continuar com acções de “remendo” que não devolvem ao cidadão a sua dignidade e a sua autonomia.O MEP, no seu programa eleitoral, tem propostas muito concretas no sentido de que através de um compromisso entre quem governa e quem se encontra numa situação de vulnerabilidade, como o desemprego, possa quebrar e diminuir ciclos de reprodução de pobreza e exclusão social. Assim, convido todos os leitores deste blog à leitura do programa eleitoral do Movimento Esperança Portugal para as eleições legislativas. Sónia Diz

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Política e cidadania: o dialogismo da esperança

Entre os séculos VIII e V a.C., desenvolvem-se o esforço para a construção de uma sociedade justa e a busca de um processo de pensamento racional, livre de preconceitos, que vão resultar na democracia e na filosofia. A democracia grega, principalmente a de Atenas, é o resultado de sucessivas lutas: primeiro, ricos e comerciantes sem acesso ao poder contra a aristocracia hereditária que o monopoliza; em seguida, as duas camadas acima que já compartilham o poder contra as classes mais pobres. A democracia representa, assim, um frágil e tenso equilíbrio entre as várias camadas sociais que, apesar das divergências que as separam, adquirem todas o direito de participação política. Paulatinamente, na civilização helénica, a política e o governo tornam-se cada vez mais um assunto e uma actividade especialmente humanos. O homem até seria definido, mais tarde, por Aristóteles, como zoón politkón, isto é, animal político. Cada comunidade grega é uma cidade-Estado (polis) autónoma, com dimensões de um pequeno município. Todas seguiam o modelo de Atenas. E é em Atenas que o zoón politikón aparece na sua plenitude, e disso o ateniense orgulha-se, como uma característica que o distingue de outros povos. Ao contrário dos povos bárbaros, que ele despreza, o ateniense não vive sob o mando de um rei. Ele tem consciência de viver em sociedade, sabe que é ateniense porque é cidadão, e que é cidadão porque participa da vida pública da cidade. Os destinos da polis são de responsabilidade comum de todos os cidadãos, acima dos quais não há nada a não ser as leis que os regem e que eles mesmo elaboraram. Esta mundivivência e mundividência civilizacional do Homem como ser naturalmente participativo e interventivo na vida pública á transversal à história da humanidade. Este é o ideal de vivência pública em sociedade. Viver em sociedade é cultivar a “respublica”, é ser um cidadão responsável, consciente, solidário na construção de uma sociedade que se deseja mais justa, igual e pautado por valores humanistas. Viver em sociedade implica que cada Homem usufrua dos seus direitos em liberdade, mas esteja consciente dos seus deveres enquanto cidadão. Onde cada Homem conheça os valores da liberdade, da cidadania, da ética, da moral, da responsabilidade e da partilha. A política existe porque existe o Homem e deve estar ao serviço dos valores mais nobres de qualquer sociedade. A política existe porque existe a esperança num mundo melhor. É esta esperança que cada cidadão tem de encontrar nos seus políticos, naqueles que legitimamente, porque eleitos por si, têm o dever de governar nunca em função de interesses pessoais ou elitistas, mas em função do bem comum. É porque acredita que existe a política da esperança, a política da partilha, a política da entrega, da dádiva e da igualdade que o MEP se assume como a força política da diferença, como um movimento que procurará colocar a política ao serviço do Homem e do bem comum. A política da responsabilidade e da “respublica” na verdadeira acepção da palavra. José Carlos Pires de Lima Candidato por Viana do Castelo

domingo, 9 de agosto de 2009

Esperança religiosa cristã e esperança política : possibilidades de diálogo sem indesejáveis confusões? (I)

O Mep é um partido político e por definição, nas sociedades ocidentais democráticas evoluídas, os partidos não são confessionais ou religiosos. Todavia, conhecemos exemplos de partidos religiosos em regimes democráticos (Israel) e em regimes autoritários e Teocráticos (Irão, por exemplo). Interrogo-me, se as esperanças das religiões terão algum ponto em comum com a nossa comum esperança (cívico-política) em Portugal e nos portugueses e portuguesas. Vejamos, no contexto próprio do cristianismo de raiz católico, como se apresenta na sociedade ocidental a esperança cristã. A par da fé e da caridade, na ordenação destas virtudes, a esperança fica a meio, é uma “virtude do caminho”. Em Paulo, a centralidade da mensagem cristã reside na caridade ou amor ao próximo (agapé). De nada vale a acção humana moral se não houver caridade. Cabe então perguntar qual é o objecto da esperança crista? O desejo e espera de Deus, a vida eterna como felicidade? Sim? Se sim, prossegue a busca teológica, e agora questiona: em que põem os cristãos a comum esperança e em quem confiam? Nas promessas de Cristo? E, se a resposta parece clara, ainda assim não fica encerrada a questão. Mas, afinal ,quem ajuda os cristãos a ter confiança? Em quem se apoiam? Na graça do Espírito para merecé-la e preservar até ao fim da vida eterna. Eis como qualquer manual de doutrina ou o catecismo católico responde a estas interrogações religiosas . E, agora no que ao Mep diz respeito, o que deseja e espera de cada um nós? Que nós portugueses sejamos capazes de confiar em nós próprios, como cidadãos e como povo para enfrentarmos os desafios do tempo presente com determinação e com força e assim os vencermos . È, pois, em cada um dos nossos concidadãos que o Mep põe a sua esperança. E confia que somos – todos e cada um de nós – capazes de ter a ambição de fazer melhor, muito melhor, com rigor, esforço, criatividade, pois que o futuro que se avizinha é uma oportunidade, um desafio. O MEP, nasce pois da necessidade – urgente - de mobilizar, reunindo e unindo os portugueses para vencerem os desafios presentes. Como não basta querer, pergunta-se então se o MEP tem razões para confiar e apoiar-se nos portugueses? Não é verdade que Portugal tem revelado, ao longo da sua História, capacidades inesperadas de vencer obstáculos aparentemente inultrapassáveis? Não seremos capazes de fazer o impossível, se a missão é grandiosa ? Num tempo como o nosso em que se respira, em muitos contextos, um ambiente de desesperança e de desânimo e onde o pessimismo tornou-se endémico e vai ganhando raízes, graças à crise económica, política e social que paira, que outra alternativa resta? O desânimo e desistência? A queixa e lamúria? O fatalismo e conformismo? Que cada um responda por si, que muitos já se decidiram em sair da sua instalação e do pequeno mundo sem horizonte onde vive E se “profissão de fé” houvesse, então poderia vir a ser esta a adoptada pelo Mep : que está verdadeiramente ao nosso alcance um país melhor, porque mais humano e mais justo, desde que, com abertura e diálogo, numa atitude que reflecte motivação, ambição e persistência, queiramos dar as mãos e trabalhar juntos para o bem comum. Só assim chegaremos a destino que valha a pena. (Cont.)

sábado, 8 de agosto de 2009

O MEP em Barcelos

Hoje, o MEP esteve em Barcelos a divulgar o seu programa eleitoral junto de comerciantes e artesãos. Foi importante, para os elementos das listas de Braga e de Viana do Castelo, trocar ideias e opiniões com as pessoas que vivem a realidade da crise que afecta a região, em que o desemprego tem aumentado muito nestes últimos doze meses, devido ao encerramento de várias empresas. Se as lojas esperam que este mês de Agosto aumente um pouco as vendas devido a presença de emigrantes na região, os artesãos falam das poucas peças que vendem e só as que têm baixo valor. A receptividade ao MEP foi muito positiva com algumas pessoas a reconhecerem o partido e com uma aceitação elevada da revista de campanha.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Estado como Pessoa de Bem

O MEP no seu programa eleitoral defende que “ Queremos um Estado que, por regra, confie nos cidadãos e nas instituições e um Estado que se comporte sempre como Pessoa de Bem”. Infelizmente esta não é a prática corrente, como foi comprovado ontem pela divulgação da notícia que o Hospital de S. Marcos, em Braga anda a enviar cartas a solicitar pagamentos referentes a 2001 coercivamente. Foram centenas de cartas enviadas com os valores em divida, com prazos de pagamento curtos e com a informação de quem não pagar vai para contencioso. Quantas pessoas conseguirão comprovar a situação que gerou a dívida? Quantas pessoas terão consigo documentos que validem a sua responsabilidade? Espera-se mais e melhor dos serviços do Estado. O MEP defende a "Adopção do Programa “Administrar Melhor é Possível” que promova a eficiência dos serviços públicos". Esperamos que esta situação fique resolvida antes do Hospital S. Marcos passar de serviço público para Hospital Público-Privado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Esperança e Solidariedade

Ontem, no jornal Correio do Minho, saíram duas noticias que demonstram a capacidade de solidariedade das pessoas desta região, assim como um sinal de Esperança para quem sofre. Na primeira notícia fala-se de uma festa de angariação de fundos para ajudar duas crianças com uma doença rara, que lhes afecta a visão, que se vai realizar no dia 7 de Agosto, á noite, no ‘Bar Ynot’, em S. Victor. A ideia e a concretização desta festa partiu das formadoras que convivem com a mãe das crianças e que sensibilizadas com a situação decidiram intervir para que as crianças possam ter uma esperança no futuro. Como afirmam no texto “Foi pedida ajuda à Segurança Social, no entanto a resposta como sempre é tardia e sem certezas de que será positiva.” Perante a adversidade decidiram seguir em frente e procurar apoio quer do bares quer dos amigos dispostos a partilharem o que têm. Na segunda notícia relata-se a disponibilidade de 200 famílias para darem um abraço às crianças que necessitem de ser institucionalizadas. Como resultado de uma campanha realizada pela IPSS “Mundos de Vida”, 235 famílias mostraram disponibilidade para acolher crianças e jovens porque estão dispostas “ a acolher uma criança nas suas vidas e com isso contribuírem para afirmar o direito de cada criança crescer numa família.” Dois exemplos de solidariedade, em que cada um partilha o que tem. Mas esta partilha gera Esperança num futuro melhor daqueles que recebem.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Portugal Informático. (Se Portugal fosse um (bom) programa informático!) – Justiça - Parte 2

Depois de no primeiro post tentar enquadrar o que se seguiria, no segundo abri o tema da justiça. Depois da metáfora, seguem-se alguns factos e propostas. Todos temos a convicção de que a justiça é muito demorada; que é só para alguns; que o nosso código penal permite adiamentos e recursos sucessivos. Quando finalmente se chega à sentença definitiva, não raramente se fica com a sensação de que não foi efectivamente feita justiça, pois todo o desgaste de um processo que se arrasta ao longo de anos, a despesa, o valor das indemnizações (que se tornam irrisórias com o passar dos anos ou fora do tempo) ou mais grave ainda, o tempo perdido e muitas vezes irrecuperável (na custódia de um filho, por morte,…) faz com que a justiça não seja efectiva, mas “a retardador”. É por isso, que tal como nos programas informáticos, muitos são os portugueses que não recorrem aos advogados e aos tribunais. Muitos são os que não vendo resultados práticos simplesmente não usam a justiça. Com isso são os prevaricadores que ficam a ganhar e o país a perder. É esta justiça que nos deixa abismados todos os dias, com a disparidade de critérios e a alienação da realidade. A relação causa-efeito escapa muitas vezes à compreensão do comum dos mortais. Vê-se isso desde o aparente arbítrio de critérios por exemplo na atribuição de montantes de multas de várias áreas (do crime financeiro, ao ambiental) às condenações (pesadas para o pequeno prevaricador, e “penas suspensas” para esquemas da alta finança). A noção do tempo e do progresso de um processo é pois fundamental para a credibilização dos tribunais. Deveria ser possível indicar uma perspectiva tão clara quanto possível (à data) da duração do processo e disponibilizar ao cidadão comum uma espécie de “tracking” do processo (como existe por exemplo com as encomendas postais). Aliada a isto, os tribunais deveriam assumir uma atitude pró-activa e incluir nos seus procedimentos a tarefa de informar o cidadão do decorrer dos processos. Numa operação demorada deve ser possível “cancelar”. Digam o que disserem, as custas de um processo servem antes do mais, como um travão ao sistema, principalmente para aqueles com escassas capacidades financeiras. Para os restantes, “à bom português”, se fosse “de borla” toda a gente reclamava por tudo e por nada, como é a pagar – “vamos com calma”. Parece-me que se fosse permitido desistir de um processo sem penalização, provavelmente, deixaríamos de ter casos que vão a tribunal, para ver o que dá (já que paguei para “ir a jogo”, e perco se sair…) Uma das regras que utilizamos quando desenhamos uma aplicação é o chamado princípio de Pareto. Esta regra descreve a tendência (que se pode demonstrar em várias áreas e em muitos aspectos) de que 20% das causas originam de grosso modo 80% dos efeitos. Ou seja, se actuarmos sobre esses vitais 20% estaremos de facto a ter um impacto muito alargado e a abarcar a maioria das situações. Claro que existirão sempre situações mais complexas que não poderão ser resolvidas de imediato, também nos nossos tribunais existirão sempre “grandes” processos, muito complexos, que envolverão muitas pessoas, mas esses representam os restantes 20% que terão que ficar, numa primeira abordagem, de fora da intervenção (o que não pode ser permitido é que por causa desses, muitos outros processos ditos “pequenos” sejam colocados na prateleira à espera de recursos: sejam salas de audiência, juízes, investigadores,…). Temos que encontrar formas para que os nossos tribunais sejam produtivos/eficientes a lidar com os seus processos de todos os dias, pois são esses que afectam o maior número de cidadãos e é o acumular de todos esses pequenos processos que fazem “emperrar toda a máquina”. Todas as iniciativas que têm vindo a ser efectuadas no sentido de resolver os processos antes que estes serem apresentados em tribunal tal como o conhecemos, são obviamente bem-vindas, mas os tribunais têm que funcionar de forma eficiente e eficaz. A questão da linguagem utilizada é também fundamental. Os nossos tribunais e os serviços que lhe estão adjacentes têm que disponibilizar um serviço claro aos cidadãos; comunicar de forma clara e esclarecedora e deixar de viver num emaranhado discurso técnico-jurídico que apenas contribui para a alienação face ao cidadão comum. Para terminar, nada se faz sem recursos. Seja de efectivos das polícias de investigação, seja de magistrados do mistério público, seja em juízes ou tribunais e seu equipamento. Num passado recente, várias têm sido também as iniciativas no sentido de dotar os nossos tribunais e os seus agentes, de computadores e aplicações informáticas especializadas. Desde que me lembro, que se fala de aplicações informáticas nos tribunais, e o resultado está ainda longe do desejado mas não há dúvida que esse deve ser um dos caminhos a seguir. Eduardo Silva

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Desemprego continua a subir

No mês de Junho, o número de pessoas inscritas nos centros de emprego como desempregados era aproximadamente 50 mil no distrito de Braga. Estes dados podem ser lidos neste artigo do Correio do Minho ou no site do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Este valor é o reflexo do desemprego no distrito continuar a aumentar, de forma significativa em alguns concelhos, como o de Famalicão que nos últimos 6 meses aumentou 20%, como em Guimarães que aumentou 18%, como em Barcelos que aumentou 15% e em Braga o aumento foi de 12%. Este aumento significa mais de 7 mil pessoas desempregadas inscritas nos centros de emprego do distrito, desde Dezembro de 2008. É de salientar que no distrito temos mais de 10 mil pessoas com mais de 55 anos, que representa 22% da totalidade de desempregados. Assim como 47% dos desempregados têm a 4ª classe ou menos de escolaridade. Sabendo que este número não representa a totalidade de desempregados na região, porque muitos ou não estão inscritos ou o IEFP deixou-os de os contabilizar, deixa-nos uma grande preocupação quanto ao futuro porque as perspectivas de emprego são baixas e nos últimos anos tem-se visto o fenómeno das empresas que não iniciam a laboração após o período de férias. O MEP – Movimento Esperança Portugal no seu programa eleitoral faz algumas propostas para esta realidade, com as quais pretende dar uma nova oportunidade a estas pessoas. Saliento as seguintes medidas: Numa nova Agenda Social: -Substituição do Subsídio de Desemprego pelo Contrato de Reinserção Laboral. - Criação da figura do Consultor para o Emprego. - Instituição do Cheque Emprego para desempregados de longa duração. CRIAR MAIS RIQUEZA PARA TODOS - Reforço e alargamento do sistema de microcrédito. - Fomento da educação para o empreendedorismo

sábado, 1 de agosto de 2009

Pensar a Esperança

I A Esperança busca o que é bom nas pessoas em vez de maldizer o mal. II A Esperança abre as portas que o desespero fecha. III A Esperança descobre o que pode fazer em vez de resmungar contra o que não se pode. IV A Esperança acende um luzeiro em vez de maldizer a escuridão. V A Esperança considera os problemas, grandes ou pequenos, como oportunidades. VI A Esperança fixa grandes metas e não se frustra com as dificuldades ou revezes repetidos. VII A Esperança anima-nos a ir para frente quando seria mais fácil e cómodo ficarmos quietos. VIII A Esperança com os pequenos erros dá-se conta que uma”viagem maior começa com um simples passo”. IX A Esperança aceita os mal entendidos como preço de se fazer um bem superior ao resto. X A Esperança é uma boa perdedora porque tem a certeza divina da vitória final. (in Nova Et Vetera, nº7, 2009, p.72, Braga)

Esperança – uma palavra com sentido

Em Portugal, hoje em dia, quando se fala de política, a palavra de ordem parece ser “crise”, a bóia salva-vidas dos partidos políticos com necessidade de apelar à maioria absoluta. Toda a gente parece ter uma opinião formada sobre o assunto, porém a realidade aponta para uma população com a confiança fragmentada, vivendo em “condomínio fechado”, que prefere optar por uma democracia não participativa.
No entanto, ler o último livro de Rui Marques, Esperança em Movimento, é avistar no horizonte a Esperança. Não no sentido de esperar que algo aconteça milagrosamente, mas sim uma Esperança inteligente e consistente, capaz de romper a realidade cinzenta mediada diariamente pela comunicação social, capaz de estreitar os ciclos de pobreza, submissão e exclusão em que se encontra mergulhado o nosso país.
Ler Rui Marques, Presidente do Movimento Esperança Portugal (MEP), é acreditar que é possível mobilizar uma comunidade para intervir civicamente no nosso capital social, transformar a adversidade em força e crer que nada pode fragmentar o potencial do nosso país. Em suma, que é possível entornar a pequenez, se soubermos a importância de cada um na nossa sociedade.
Ler Rui Marques é relembrar o significado pioneiro de Política, ou seja, é redefini-la novamente como serviço ao bem comum. É desocultar a realidade do optimismo anónimo para não esquecer conceitos como os de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Em suma, é acreditar que há ainda arquitectos da Esperança, “conduzidos só por árduas esperanças”, tal como o nosso Camões sempre previu. Anabela Gonçalves Coelho