quarta-feira, 15 de julho de 2009

Portugal Informático. (Se Portugal fosse um (bom) programa informático!) – O início

No meu trabalho de todos os dias sou constantemente confrontado como o desafio de criar aplicações informáticas mais amigas do utilizador. Aplicações mais fáceis de usar, mais intuitivas, de aprendizagem fácil, que apresentem bons níveis de desempenho, que se apresentem ao utilizador com uma linguagem que seja facilmente entendida por ele. Programas que pela sua qualidade e a melhoria que representam para a vida das pessoas (naquelas tarefas mais aborrecidas, repetitivas ou complexas), motivem a clara adesão dos utilizadores. Aplicações que através de operações simples, adaptadas ao utilizador, tenham o comportamento esperado e apresentem os resultados expectáveis. Mas também, aplicações que, quando surjam situações de erro (sim porque apesar do esforço sistemático e persistente em ajudar a prevenir o erro, no mundo real, surgem sempre situações que em muito ultrapassam a imaginação mais fértil ou os cenários mais inverosímeis) indiquem claramente o problema e ajudem o utilizador a ultrapassa-lo. O objectivo é criar uma experiência de utilização que vá para além da (necessária) consistência e surpreenda pela positiva e se possível arraste consigo um agradável sentimento de prazer e paixão. Naturalmente a avaliação de todas estas questões, faz-se à luz de critérios/parâmetros tão reconhecidos e objectivos quanto possível. Depois de pensar um pouco sobre o assunto, pareceu-se de tal maneira óbvio o paralelo existente entre uma aplicação informática e o nosso Portugal de todos os dias que não resisti e procurarei ao longo de vários posts aprofundar melhor esta ideia com alguns exemplos. Não tenho nestes meus comentários a pretensão de dar uma resposta a todos os temas que nos apoquentam (isso seria pura estupidez). Quero no entanto demonstrar que as “receitas” que são usadas todos os dias para resolver determinados tipos de problemas no âmbito de um programa informático, poderiam também ser utilizadas, pelo menos como ponto de partida, na resolução de alguns dos problemas do país. Ingénuo, dirão? Talvez…. Eduardo Silva MEP Minho

2 comentários:

ruigomezz disse...

Ingénuo não, altamente oportuno digo eu...
Como cidadão, como profissional das TIC vejo com muitos bons olhos essa aplicação. Não tenho tanta certeza que as altas esferas que timoneiam este País, estejam receptivos a estas propostas mas que lhes fazia muito bem ouvirem mais e decidirem menos no gabinete, lá isso, não tenho dúvidas...

Pilar disse...

Parabéns Eduardo! Nem pareces "um informático" a escrever...que me perdoem os informáticos deste país!!!

Pilar