domingo, 28 de fevereiro de 2010

Cáritas em Braga

O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa reuniu-se este fim-de-semana em Braga. Nesta reunião o presidente da Cáritas de Braga afirmou que “os desafios que os próximos tempos nos reservam são tremendos” e que “as dificuldades vão-se acentuar”, sobretudo para muitos dos actuais desempregados que perderão o direito ao subsídio de desemprego. José Carlos Dias, responsável da Cáritas de Braga afirmou que “a instituição tem de estar preparada para quando for preciso ajudar as pessoas em situação de desemprego ou em vias de perder as prestações sociais do Estado a viver com dignidade.” O presidente da Caritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, defende “um novo olhar, uma nova mentalidade de encarar a pobreza” e que o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social “não vai acabar com a pobreza, mas será muito produtivo se contribuir para um novo olhar sobre esta realidade, não apenas no domínio político como ao nível do cidadão comum”.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Orçamento para 2010 do Município de Vila Nova de Famalicão

O Município de Vila Nova de Famalicão, finalmente colocou à disposição dos seus munícipes, para consulta, as Grandes Opções Plano Orçamento para 2010. O documento começa com uma mensagem do Presidente eleito. Nesta mensagem apela-se à esperança e à inovação. Estou de acordo e apoio! Falta então conhecer a estratégia para se atingir essa inovação. O documento prossegue com a Visão Estratégica Central e Linhas Estratégicas de Desenvolvimento e aqui encontramos os seguintes tópicos: - Promover a Sociedade do Conhecimento. - Assegurar a Sustentabilidade Ambiental e Territorial. - Garantir o Bem-Estar e a Coesão Social. - Promover a Competitividade. - Consolidar uma Governação Eficiente e Participativa. Continuamos com o Plano Plurianual de Investimentos. É um documento um pouco enfastioso mas detalhado! Para terminar, são apresentados vários documentos mais técnicos e detalhados incluindo o Orçamento da Receita e da Despesa, assim como um resumo dos dois. Podemos também consultar os empréstimos em vigor, o Mapa de Pessoal, as Transferências para as Juntas de Freguesia e por fim, uma proposta anexa. Ora bem, esta proposta anexa estabelece um instrumento que considero uma manobra que em nada favorece a transparência das contas camarárias, ou seja, esta proposta prevê a autorização para a contracção de empréstimos a curto prazo. Sendo que em si a justificação pareça plausível não se pode dizer que os fluxos de realização de receitas ao longo do ano não sejam regulares pois a receita está prevista, o que muitas vezes derrapa é a despesa e para isso é que servem estes empréstimos!!! Não havendo controle pela Assembleia Municipal é como entregar ao executivo "uma faca e um queijo nas mãos" para fazerem o que quiserem com os dinheiros realizados nesses empréstimos e que não entrarão nestas contas iniciais!!! Em jeito de conclusão, parece-me um orçamento equilibrado mas que carece de controle de execução pelo órgão próprio, a Assembleia Municipal. Fico na expectativa de acompanhar as reuniões da referida assembleia e aqui estarei para a apreciação desse trabalho!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O desemprego continua a subir no distrito de Braga

Depois de nos últimos dois meses de 2009, em que o nº de inscritos nos Centros de Emprego do distrito de Braga estabilizaram, em Janeiro este nº voltou a aumentar significativamente para mais de 55 mil desempregados.

Os concelhos de Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos são dos mais atingidos com este drama.

Este valor significa mais 10 mil pessoas que perderam o desemprego durante o ano de 2009.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A minha Rua

A Câmara de Braga aderiu à iniciativa “A Minha Rua”, que pretende ser um portal onde as populações possam denunciar o que está mal nas suas ruas.

A MINHA RUA" permite a todos os cidadãos reportar as mais variadas situações relativas a espaços públicos, desde a iluminação, jardins, passando por veículos abandonados ou a recolha de electrodomésticos danificados.

Todos os casos serão depois encaminhados para a respectiva autarquia que, espera-se, dará conhecimento do que será feito para resolver o problema.

Braga é o primeiro concelho do Minho a aderir a esta iniciativa, onde já se encontram os municípios de Alcanena, Ansião, Arganil, Batalha, Borba, Campo Maior, Évora, Figueiró dos Vinhos, Lousã, Mangualde, Miranda do Corvo, Murça, Óbidos, Oeiras, Ourém, Ovar, Pombal, Portalegre, Sousel e agora Braga

Esperamos que as restantes Câmaras venham a aderir, assim como os cidadãos devem utilizar esta oportunidade para que as ruas das nossas cidades se tornem melhores.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Politica de proximidade

"Já atendi pessoas com a minha mulher a partir lenha atrás, para o fogão", esta afirmação é do Presidenta da Junta de Freguesia de Mariz, em Barcelos, localidade que não tem uma sede da Junta.

Esta é uma situação idêntica a mais vinte presidentes de Juntas de freguesia de Barcelos, assim como em muitos outros concelhos do país. É uma realidade que pouco se fala.

Noutras freguesias, a sede da Junta “são na garagem ou cave da residência do presidente da junta, outras ocupam uma cozinha alugada, uma sala paroquial ou um velho posto de recolha de leite” ou mesmo no carro do Presidente.

Esta situação deveria ser resolvida ao reorganizar-se a administração local, através da regionalização e com uma revisão do nº de freguesias e de concelhos do país.

A construção de mais sedes não é solução, pois custa mais dinheiro ao país e a sua utilização seria sempre diminuta.

Centro de Braga destaca-se no recrutamento militar

Destaco hoje uma notícia de ontem do Correio do Minho que, não obstante ser reveladora de um excelente desempenho por parte do Centro de Recrutamento de Braga, espelha também uma realidade já conhecida de crise no nosso País mas por outra via. Assim, se é verdade que este Centro conseguiu em 2009, 782 incorporações, também não é menos verdade que este aumento, que se tem verificado ano após ano é fruto, não só mas também, da falta de oportunidades de emprego no meio civil. Isto mesmo é admitido pelo Tenente-Coronel Gomes Salgado, Comandante do Centro! Como ex-militar, agora na Reserva de Disponibilidade, senti na "pele" estes números. Este número, sendo excelente para a composição do efectivo do Exército, não deixa de ser um número "falso" e passo a explicar. Que adianta termos 15mil efectivos se muitos deles lá estão apenas porque não têm outra solução? Que empenho terão esses efectivos se não "sentem a camisola"? Isto mesmo verifiquei eu, na minha passagem de 9 anos pelo Exército. Em conclusão, e não tirando o mérito da captação de efectivos, através de uma proposta que, até prova em contrário, é uma boa alternativa ao cenário da vida civil, devemos reflectir sobre a real validade da captação apenas para mostrar serviço, inclusive com metas e objectivos numéricos a atingir!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"Pobre apesar do trabalho"

Realizou-se entre os dias 28 e 31 de Janeiro, em Guimarães, um Seminário Internacional com o tema “Pobre apesar do Trabalho”, organizado pela LOC / MTC em conjunto com várias congéneres europeias.

Neste encontro concluiu-se que “ter um emprego já não é garantia de ausência de pobreza, dados os salários irrisórios e precários de muitos trabalhadores

Esta situação deve-se à “fronteira entre a precariedade laboral e a exclusão social tornou-se muito ténue, parecendo, em muitos casos a mesma coisa”.

Já em 2008, no estudo “Um Olhar Sobre a Pobreza”, Alfredo Bruto da Costa, não tinha dúvidas de que “os baixos salários são um problema grave, que contribui para a pobreza em Portugal”. Mas apontava como saída que “os salários não podem aumentar sem aumentar a produtividade” e defende “que deve haver uma diversificação das fontes de rendimento: uma parte do trabalho, outra do capital, o que implica uma democratização no acesso ao capital”.