segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hospital de Guimarães em situação «insustentável»

Foi notícia este fim-de-semana o “caos na sala de isolamento de gripe A do Hospital de Guimarães”, porque apesar do aumento de utentes, os serviços não estavam preparados, só estavam três médicos disponíveis e uma sala com menos de 10 metros quadrados.

Assisti ao desespero de várias crianças e adultos na sala de espera, muitos deles estavam lá por indicação do serviço “Saúde 24”, que aguardavam há várias horas pela consulta, porque na triagem saiam todos com a fita verde, mesmo aqueles que estavam em sofrimento.

No domingo, o Director Clínico do Hospital afirmava que Compreendo que as pessoas se sintam injustiçadas e percam a paciência. Ninguém gosta de estar à espera de ser atendido durante cinco ou seis horas consecutivas, mas nos últimos dias é o que tem acontecido com alguma frequência”, admitiu. O médico justifica a situação com o facto de a Urgência ter passado, “de repente”, de atender “cerca de 300 utentes por dia para cerca de 500 e mais pacientes”, o que, frisou, “torna humanamente impossível a prestação de um serviço célere e com alguma qualidade, com o reduzido número de profissionais disponíveis”.

Hoje estranha-se estas afirmações do mesmo Director: Em declarações à TSF, Dias dos Santos desmente ainda que o Hospital de Guimarães tenha passado por uma situação caótica nos últimos dias.

Quando antes, na mesma notícia, afirmara que “O Hospital de Guimarães já confirmou a hipótese de recorrer a médicos internos do segundo ano para tornar mais eficaz o serviço de urgências na altura de mais afluência devido à gripe A.

Neste hospital, prestam serviço cerca de meia centena de internos, que serão usados para que o hospital possa melhorar a capacidade de resposta tendo em conta a maior procura das urgências por causa dos casos de gripe”.

E já ontem tinham alterado a localização da sala para estes doentes, apareceram duas salas de maiores dimensões, e aumentando de 3 para 5 o nº de médicos ao serviço das urgências.

A pergunta fica, se existiam estes meios disponíveis porque é que só os accionaram após a comunicação social intervir? Será que os problemas só se resolvem se os utentes chamarem uma câmara de televisão? Afinal para que servem os planos de contingência?

Podemos sempre rever o programa eleitoral do MEP e encontrar boas soluções para estes casos na saúde.

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