segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Casa arrombada, trancas na porta.

Hoje, em Braga, o “Governador civil quer ajuda mais rápida do Governo a empresas viáveis com problemas”.

Esta afirmação surge depois de Fernando Moniz, Governador Civil de Braga, ter reunido com os deputados do PS eleitos por Braga, na semana passada.

Mas porque não reuniu com os outros partidos políticos?

Se relembrarmos que o actual Governador Civil é o mesmo dos últimos quatro anos e que os deputados eleitos pelo PS são os mesmos da anterior legislatura, porque razão só agora acordaram para esta situação?

O Presidente da Associação Industrial do Minho, António Marques, afirma à TSF, que já há um ano que a AIMinho tinha alertado para esta situação. Em Janeiro afirmou que “O Estado tem que pagar a tempo e horas’, ao mesmo tempo que garantiu que os milhões de euros anunciados pelo Governo em vários sistemas de incentivos às PME ‘não estão a chegar às empresas”.

O Presidente da AIMinho estranha que “Quando se critica a sociedade civil e quando cinco entidades o tentaram fazer tendo previamente uma audiência com o governador civil e essa audiência não foi conseguida apenas acho que temos de juntar a força para que o senhor governador civil tenha o sucesso que há muitos meses não tivemos para falar provavelmente falar das mesmas coisas”.

Os indicadores e relatórios de diferentes organizações previam no início deste ano uma crise tremenda, com uma taxa de desemprego elevada e com impacto em todos os sectores da economia, em especial a da construção civil.

Estes dados deviam servir para planear e não para aguardar o que vai acontecer, não pode ser só quando temos mais de 52 mil desempregados na região é que se apresenta um projecto-piloto ao Governo.

Temos de alterar esta cultura de que “só depois de casa assaltada é que se colocam as trancas na porta”!

A melhor resposta à falta de planeamento das políticas é dada pelo mesmo Governador Civil, quando afirma que “se não utilizarmos um mecanismo expedito, bem agilizado com intervenção rápida e em cima das situações por parte do Ministério da Economia e do Trabalho as ajudas poderão vir já tarde demais”.

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