segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Gestão Hospitalar: qual o melhor modelo?

(Foto do Correio do Minho)
Um mês e meio depois de iniciar actividades a parceria público-privada Escala Braga, já são apresentados alguns indicadores de áreas a melhorar no funcionamento do Hospital de S. Marcos, em Braga. Em entrevista ao Correio do Minho, o novo presidente da Comissão Executiva do Hospital de S. Marcos, Hugo Meireles, afirma que a utilização anterior do bloco operatório era de 40%, com seis mil doentes em lista de espera e que agora o seu objectivo é chegar perto dos 100% de utilização e assim acabar com a lista de espera. À pergunta se ”É isso que faz a diferença entre uma gestão pública e uma gestão privada?
A resposta foi “Aquilo que marca a diferença é que, enquanto um hospital do sector público administrativo (SPA) é financiado por dotação orçamental, ou seja, a despesa que realiza é suportada pelo Estado, independentemente daquilo que se faz, na gestão empresarial somos pagos por aquilo que produzimos. Se temos uma despesa que anda entre os 100 e os 120 milhões de euros, temos que produzir o suficiente para cobrir essa despesa. Na maioria dos hospitais públicos e, infelizmente, em alguns EPE (entidade pública empresarial), o que acontece é que, no fim do ano, há défice. Esse défice tem sido acumulado não pagando aos fornecedores.” Ou seja, quando a gestão é pública não interessa uma gestão correcta e rigorosa porque alguém vai pagar, por isso é que o esforço de melhoria tem de ser de todos e a gestão dos bens públicos tem de ser vista como um serviço para o bem comum. O MEP no seu programa eleitoral defendia que se devia criar um Programa “Administrar Melhor é Possível”. A adopção do Programa “Administrar Melhor é Possível” deveria promover a eficiência dos serviços públicos, através de medidas como: · Criação da função de Provedor do Utente; · Adopção de um mecanismo de avaliação obrigatório de cada serviço público pelo cidadão que com ele tenha contactado; · Intervenção de “clientes-mistério”, isto é, funcionários que se apresentem como cidadãos interessados - nos diversos serviços públicos, para diagnóstico e conhecimento real do modo de funcionamento de cada serviço público; · Instituição de prémios públicos a funcionários que se distingam pela sua competência e eficiência.

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